segunda-feira, dezembro 05, 2016

AUDIÊNCIA PÚBLICA: PL. DIRETOR DE MOBILIDADE URBANA DE TERESINA

O Ministério Público Estadual, por meio da 24ª Promotoria de Justiça de Teresina, realizou hoje (29\11\2016) uma reunião para acompanhamento da implantação do Plano Diretor de Transportes e Mobilidade Urbana, principalmente no que se refere ao sistema de drenagem da Av. Presidente Kennedy após as obras de implantação do referido plano.

Os Promotores de Justiça Denise Aguiar e Sávio Carvalho conduziram os trabalhos. Também estavam presentes: o engenheiro calculista Pedro Wellington G. N. Teixeira; os representantes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, Carlos Augusto Daniel Júnior, Cíntia Bartz Machado e Adélia de Melo Andrade; o representante da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Leste – SDU Leste, Francisco Canindé Dias Alves; a professora da Universidade Federal do Piauí – UFPI Ângela Braz Napoleão; o consultor em hidrologia José Medeiros Noronha Pessoa; o representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Piauí, Emanuel Castelo Branco, e a representante do Setor de Perícias e Pareceres Técnicos do MPPI, Danielle Arêa Leão Dantas.


... foram propostas soluções para diminuição da ocorrência de incidentes decorrentes das fortes chuvas, como perda de veículos e acidentes com pedestres. De acordo com a SDU-Leste, vários outros locais na Av. Presidente Kennedy possuem pontos de alagamento. A STRANS declarou que as medidas apresentadas serão devidamente analisadas e posteriormente executadas. 


Segundo a professora da Universidade Federal do Piauí – UFPI Ângela Braz Napoleão, existe a necessidade de um mapeamento das áreas comprometidas pelo sistema de abastecimento de água, além de um estudo localizado que não prejudique os moradores da região. “Além da educação ambiental para com a população da capital, é necessário que seja feito um mapeamento das áreas comprometidas. Depois de uma alteração na Lei de Edificações e da Lei Municipal de Uso e Ocupação de Solo, com previsão de áreas permeáveis, deva haver a adequação das futuras edificações.”



(FONTE:  http://www.mppi.mp.br/internet/index.php?option=com_content&view=article&id=5687:mppi-realiza-reuniao-de-acompanhamento-da-implantacao-do-plano-diretor-de-transportes-e-mobilidade-urbana&catid=224&Itemid=101)

sexta-feira, julho 29, 2016

As condições de uso nas calçadas de Teresina, Piauí

Apresentamos um trabalho no PLURIS 2016, congresso bianual que reúne pesquisadores brasileiros e portugueses, que ocorrerá no Brasil, em Setembro. Trata-se de artigo que tem como tema a acessibilidade e a mobilidade dos espaços públicos e cujo foco são os passeios públicos dos principais eixos viários de Teresina, capital do Piauí. 

Oriundo de pesquisa desenvolvida no âmbito da Universidade Federal do Piauí em 2014\2015, sobre apropriação e ressignificação dos espaços de circulação de pedestres no município de Teresina, este artigo relata a parte inicial da investigação que trata da identificação das condições de uso das calçadas através de técnicas de planejamento, da abordagem qualitativa empregada na análise destas condições, e de como as informações e dados foram obtidos.

Ele reflete sobre o desempenho funcional das calçadas da cidade quanto a qualidade de vida, e tece explicações sobre como a pesquisa o avalia através da comparação entre a realidade apreendida, a condição ideal e as determinações dos instrumentos legais existentes. A reflexão, ao contrário da legislação existente, considera que a cidade não pode ser tratada igualmente em todos as suas zonas urbanas. Pois tendo em vista que o zoneamento impõe diretrizes diferenciadas para o uso e a ocupação do solo em cada área da cidade, entende que os índices urbanísticos referentes às calçadas também deveriam ser específico para cada zona. E sendo assim, as calçadas não podem ser legisladas como se fossem elemento padrão, único a ser aplicado em toda a cidade. Sua caracterização deveria ser feita por zona funcional de modo a evitar conflitos de mobilidade e de acessibilidade gerados pela mistura de usos, pelo não atendimento às necessidades espaciais da práxis das atividades, e pela desconsideração à identidade urbana. Com este entendimento a análise se volta para as condições de uso dos corredores urbanos localizados nas diferentes zonas funcionais.

O artigo relata como se desenvolveu a aferição da realidade espacial, que a técnica utilizada permitiu conhecer as peculiaridades do caminhar nas calçadas de Teresina, que usos diferentes foram introduzidos. Menciona os conceitos que embasaram a pesquisa e destaca a importância dos registros em fotografias e vídeos por ter proporcionado informações e dados pertinentes ao uso das calçadas e relacionados aos seus aspectos morfológicos e características físicas.


O artigo destaca as formas de apropriação e suas consequências, e registra que a identificação de diversas formas de apropriação do passeio público, além de refletir o status quo da economia local também espelha a cultura e identidade urbana. Julga que observar como se dá a vivência do espaço público sugere sua importância no contexto da formulação de política de mobilidade urbana.

Como conclusão, o texto aponta para o fato de que a calçada não é mais apenas o lugar do caminhar, que as diversas formas de apropriação sugerem a existência de uma demanda espacial peculiar, que elas estão relacionadas à função\atividade dominante na região e ao papel desempenhado pelos corredores viários na malha da cidade e que por tal as calçadas da cidade se apresentam diferentes em cada uma das áreas do zoneamento em vigor e portanto exigindo ordenamento específico, por zona.


terça-feira, julho 12, 2016

A pesquisa "Cidade Inteligente" rende frutos

No período de 27 a 29 de Julho, em Salvador, a Profª Dra. Angela Napoleão Braz, do curso de Arquitetura e Urbanismo e coordenadora da pesquisa "Cidades inteligentes", participou do Diálogos França Brasil 4, encontro regular e bianual entre pesquisadores franceses e brasileiros no campo do urbanismo e do planejamento urbano, que este ano discutiu o reflexo do direito à cidade na reorganização dos espaços construídos e nas redefinições da urbanidade das populações e de suas condições de vida com vistas à construção de uma nova agenda urbana. 

O evento contou com a presença de Jean-Pierre Frey, da École d'Urbanisme de Paris, Université de Paris Est-Créteil,  e Jean Paul Carrière, da CITÈRES, Université de Tours, que mediados por Maurício Chagas, da Faculdade de Arquitetura, da Universidade Federal da Bahia, abordaram o direito à cidade em suas escalas, articulações e conflitos.

Na mesa, da esquerda para a direita: Jean-Pierre Frey, da École d'Urbanisme de Paris, Université de Paris Est-Créteil, Maurício Chagas, da Faculdade de Arquitetura, da Universidade Federal da Bahia, Jean Paul Carrière, da CITÈRES, Université de Tours, e Márcia Sant'Anna, da Faculdade de Arquitetura, da Universidade Federal da Bahia.

Na oportunidade, a Profª. Angela Napoleão Braz apresentou um dos produtos da pesquisa "Cidade inteligente", o trabalho "Participação social na construção da cidade do Século XXI. Alternativa para exercer o direito a cidade", que reflete sobre as intervenções realizadas nas cidades por pessoas, individualmente ou em grupos, com o intuito de transformar as condições de vida urbana para melhor.


Partindo da noção de direito à cidade, de Henry Lefebvre, e da identificação dos principais city fixers” atuantes no Brasil e na França, o trabalho discute os movimentos em defesa da cidade e as ações por eles empreendidas para a conquista de direitos, e compara as estratégias relacionadas à constituição das morfologias urbanas e sociais brasileira e francesa. O objetivo é identificar a existência de alguma similaridade entre as ações nos dois países, principalmente entre aquelas baseadas no conceito de “urbanidade”. Com esta intenção e considerando que a cidade inteligente reconhece o meio onde as pessoas interagem como local de origem da "urbanidade", o trabalho se debruça sobre as formas de participação popular na construção da mobilidade urbana, e ao final aponta a mobilização social como um novo caminho para a construção da cidade do Século XXI, e o seu resultado, as transformações inseridas no espaço público, como indício concreto de uma noção diferente do que seja o direito à cidade: uma combinação do uso social do espaço urbano com a política que envolve o conjunto de procedimentos relativos à vida urbana.


Programação do Evento. Participação da Profª. Angela Napoleão Braz






segunda-feira, junho 27, 2016

Projeto Urbanidade e Proatividade na Escola Polivalente Presidente Castelo Branco

Realizada no dia 23 de junho a exibição de vídeos elaborada pelas pesquisadoras Camila Ferreira, Marina Sampaio e Rayssa Guimarães teve como intenção apresentar a temática desenvolvida pelo grupo de pesquisa no colégio Polivalente Castelo Branco.
As pesquisadoras Marina Sampaio e Rayssa Guimarães apresentado os vídeos selecionados para a mostra.
Abordando o conceito de "city fixers" e o seu papel no processo de transformação da cidade, a mostra
faz parte de um cronograma de atividades que pretende incentivar a participação dos estudantes na construção de ambientes qualificados na cidade. 
As pesquisadoras Camila Ferreira e Marina Sampaio na mostra desenvolvida com turma do 2º Ano do Ens. Médio da Escola Polivalente Presidente Castelo Brancos.
A escola faz parte do grupo de instituições selecionadas para o desenvolvimento do projeto, que contempla ainda uma experimentação do espaço e a realização de uma oficina de ideias, que possibilitará aos envolvidos a produção de propostas de intervenção para serem desenvolvidas na conclusão do projeto.
 
As pesquisadoras Camila Ferreira e Marina Sampaio na mostra explicando alguns conceitos abordados pelo projeto de pesquisa.

quinta-feira, junho 23, 2016

Projeto URBANIDADE E PROATIVIDADE na ESCOLA DIDÁCIO SILVA

A Escola Didácio Silva é a primeira parceira do nosso projeto URBANIDADE E PROATIVIDADE. Estivemos lá no último dia 16 de Junho para apresentar o projeto. Fomos muito bem recebidos pelos Diretor Prof. Alberto Machado, pela Prof. Luciana e pelos alunos. Ficamos encantados com a organização da escola, seu espaço arquitetônico e com a filosofia de ensino. Sentimo-nos felizes com o interesse dos alunos pela arquitetura e pelo nosso projeto.

A Escola Didácio Silva, localiza-se na zona Sudeste da cidade.



 Prof. Angela Braz, da UFPI e o Prof. Alberto Machado, da Escola Didácio



Prof. Angela Braz e o Monitor Igor Alves, apresentando o projeto para os alunos.

Prof. Luciana, da Escola Didácio

                                         



PROBLEMAS DA CIDADE

Os alunos da disciplina Planejamento Urbano Regional I, da Arquitetura\UFPI, tiveram uma aula sobre problemas urbanos onde se discutiu o fato de, em muitos casos, os governos deixarem as regras de lado, embora todos saibam que as cidades precisam de planejamento para crescer com harmonia e que o crescimento ordenado inclui cuidados básicos como a ocupação planejada do solo, exploração racional da água, asfaltamento de ruas, construção de creches, escolas e hospitais, polos de trabalho, lazer e cultura. Por isso vemos o espaço urbano ampliado de qualquer jeito, casas construídas em morros e nas margens de rios; lixo contaminando o solo, habitações sem água e saneamento básico, áreas da cidade que ficam “mortas” em alguns períodos do dia/noite, segregação espacial, deficiência na organização do sistema viário e deficiência na oferta de transporte coletivo, cadastro imobiliário defasado, irregularidade fundiária, desconsideração do patrimônio cultural imobiliário, vazios urbanos e ausência de acessibilidade.
Os alunos exercitaram na prática a apreensão destes problemas e produziram vídeos muito bons que ora publicamos. Todos abordam o território do bairro Centro, da cidade de Teresina, capital do Piauí.

Vídeo 1: AS PRAÇAS DO CENTRO DE TERESINA

O Vídeo 1 foi produzido pelos alunos: Andre Machado, Mário Pacheco, Rebecca Nunes, Thais Venâncio e Valeria Oliveira. Os alunos observaram o uso das praças do bairro Centro, em horários opostos do dia - usos matutino e noturno - a fim de verificar como estas são vivenciadas. O interesse pelas praças do bairro decorre do fato de que elas parecem não ter o uso para o qual foram edificadas. Elas foram observadas a partir dos polos de interesse existentes (saúde, PMT, área comercial), seguindo-se uma rota de deslocamento similar ao percurso que as pessoas fazem naturalmente dentro do perímetro do bairro. Hoje, as praças do bairro Centro não são mais um local de lazer, de encontro entre pessoas, de convivência. Algumas estão em processo de degradação. Constataram que as praças tem potencial econômico e de lazer desperdiçados e que são usados apenas como espaços de passagem.

quarta-feira, junho 15, 2016

PROJETO URBANIDADE E PROATIVIDADE NA CIDADE DO SÉC. XXI

Caros, retomamos nossas atividades no ARQUITETURA URBANA por uma causa nobre, difundir o projeto URBANIDADE E PROATIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DA CIDADE DO SÉCULO XXI. Trata-se de pesquisa ora em desenvolvimento na faculdade de Arquitetura da UFPI, coordenada pela Prof. Angela Braz e com a participação da Prof. Nadja Soares e dos alunos Igor Alves de Almeida (Monitor), Camila de Sousa Ferreira, David Teles de Carvalho Santos, Rayssa Guimarães Santos e Marina Sampaio de Vasconcelos.

Fonte: http://proativa21.com.br/blog/2012/05/acoes-de-ciclistas-chama-atencao/

Tendo em vista que o processo de urbanização transforma o ambiente e o ser humano em grandes vítimas do progresso, este projeto busca uma forma de minimizar seus impactos negativos. Com a intenção de difundir conceitos como urbanidade e proatividade, realiza mostra de vídeos, debates e oficina de ideias sobre ações de revitalização ambiental e cultural, em escolas de ensino médio da rede pública.

Levando em conta o poder multiplicador que estes alunos tem junto ao seu círculo familiar e de amigos, o projeto pretende conscientizá-los que ações proativas, individuais ou coletivas, podem transformar as cidades em “lugares” melhores. Nosso maior objetivo é estimular estes alunos à criar e concretizar ideias transformadoras do espaço público que desfrutam no cotidiano.

Como resultado, sob a ótica da apropriação, do pertencimento e da identidade urbana, a pesquisa espera:
  • incentivar os alunos da rede pública à expor sua forma de olhar o espaço público;
  • estimular os alunos da rede pública a se tornarem elementos ativos na construção da cidade;
  • mostrar aos alunos da arquitetura que a interferência dos planejadores urbanos no processo de urbanização com vistas ao desenvolvimento urbano além de requerer uma visão coletiva da cidade, também deve levar em conta o que a cidade tem de melhor: - o senso de vida em comunidade e a importância do espaço urbano como elemento determinante na construção da relação entre pessoas.

ATIVIDADES NAS ESCOLAS:
Exibição de documentários sobre ações proativas
Experimentação do espaço público para identificar as tendências naturais do local
Oficina de proposição de ideias
Elaboração de vídeos sobre as experiências pessoais dos alunos da rede pública